She-Ra
Quando “She-Ra” foi lançado, em 1985, já significava um certo avanço: protagonismo feminino em um desenho de ação. Mas ainda tinha lá suas falhas, como, por exemplo, aquelas princesas todas com o corpo padronizado, só variando cor de cabelo e das roupas. E isso sem nem mencionar que She-Ra e as amigas tinham 16 anos e exalavam sensualidade em trajes claramente desenhados para atrair o público masculino que poderia ficar – e ficou! – “magoado” com uma produção protagonizada por meninas.
Hoje, “She-Ra e as Princesas do Poder”, série de 5 temporadas lançada em 2018 e disponível na Netflix, é nossa Boa da Quarentena justamente por ter consertado as falhas do desenho de 1985. E ido além!
Na versão recente, Adora (a She-Ra antes da transformação) e as tais Princesas do Poder são claramente adolescentes. É só bater o olho e a gente já constata isso! E o melhor: nada de padrões! É lindo ver a variedade de corpos, cabelos, estilos e personalidades e como, mesmo com tantas diferenças, elas desenvolvem uma relação incrível, embasada em sororidade e empatia, e lutam juntas por um mundo melhor.
E não é só isso! A série foi aclamada pela representatividade e pela naturalidade com que retrata casais LGBT e personagens não-binários. E ainda tem o Arqueiro, que agora é negro, absolutamente distante do estereótipo de masculinidade tóxica e altamente carismático. Some tudo isso a um roteiro bem escrito e com conteúdo e é isso: temos uma série imperdível!