13ª Emenda

13ª Emenda

Taí um documentário essencial e uma aula de história obrigatória, que mostra como a escravidão moldou o sistema prisional estadunidense. E, apesar de focar em território gringo, é muito fácil traçar um paralelo com o que acontece aqui em terras canarinhas. Racismo escancarado, mas invisível para a maioria.

A estatística inicial choca: apesar de possuir 5% de toda a população mundial, os EUA possuem 25% de toda a população carcerária do planeta. Mas a coisa fica ainda mais triste quando o fator raça é levantado: 1 a cada 3 negros vai para a cadeia, enquanto a proporção para os brancos é de 1 a cada 17. Impacto do racismo e da escravidão.

A 13ª emenda da constituição americana (e que dá nome ao documentário) é justamente a lei que colocou fim na mão de obra escrava no país, mas com uma brecha: pessoas consideradas criminosas ainda podiam ser submetidas ao trabalho forçado. Isso fez com que uma grande parte da população negra, que não tinha trabalho e moradia, fosse encarcerada e voltasse à escravidão (agora com roupagem nova).

O longa da brilhante e premiada diretora Ava Duvernay destrincha em miúdos, dados, números e estatísticas, através de imagens sóbrias e impactantes, para nos mostrar a cronologia do racismo nos Estados Unidos. O filme foi lançado em 2018, mas é ainda mais atual e necessário nos dias de hoje, com a ascensão do movimento Black Lives Matters e com o avanço da extrema direita no mundo.

Uma aula de história de 100 minutos, sobre como a escravidão permeia a sociedade até hoje e como fechamos nossos olhos para a manutenção desse sistema!

 

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